Imagem: reprodução, Stock.XCHNG
Os tumores de glândulas mamárias são as neoplasias mais comuns em cadelas. As causas de surgimento do tumor de mama podem envolver fatores genéticos, administração de anticoncepcionais com certa regularidade e animais que não sejam castrados quando jovens. Estima-se que metade das neoplasias mamárias são malignas, portanto realmente merecem atenção especial.
A paciente desenvolve uma massa ou inchaço na região das mamas e pode apresentar lesões metastáticas nos pulmões, ou seja, o desenvolvimento de porções da neoplasia no pulmão. O principal sinal de comprometimento pulmonar é dificuldade respiratória do animal, com sons e ruídos anormais durante a respiração e possibilidade de cianose (língua arroxeada) durante algum esforço fisico. O risco de aparecimento do problema é maior com a idade, cadelas com mais de 6 anos de vida não castradas estão predispostas. A anatomia da fêmea inclui duas cadeias mamárias (lado direito e esquerdo) e os tumores podem aparecer dos dois lados e em múltiplas mamas.
Quando diagnosticada a presença de tumor de mama indica-se a realização de radiografia de tórax para verificar a possibilidade de metástases pulmonares. O tratamento para o tumor de mama é a retirada cirúrgica, em geral da cadeia mamaria inteira para evitar surgimento ou desenvolvimento de novos nódulos. A realização dos exames pré-operatórios também inclui coleta de exame de sangue para avaliação renal, hepática e geral, e de acordo com a idade do animal, pode-se solicitar eletrocardiograma. Dependendo da avaliação do cirurgião, também se pode realizar a castração da fêmea durante o procedimento de retirada do tumor de mama. Essa indicação existe, já que o ovário é produtor de alguns hormônios que podem estimular o desenvolvimento da neoplasia mamária. Geralmente quando a fêmea apresenta neoplasia mamaria bilateral (nas duas cadeias mamaria) opta-se pela retirada de umas das cadeias e em outro procedimento cirúrgico a retirada da outra.
A melhor forma de evitar o surgimento do tumor de mama é a castração da fêmea, se possível antes do primeiro cio, assim são praticamente nulas as chances de tumor de mama e totalmente nulas as chances de problemas uterinos (como a piometra, hemometra). Ao contrário do que se pensava antigamente, não há necessidade de ter o primeiro cio ou de ter uma ninhada antes da castração.
Então fica a dica, se não há interesse na reprodução de sua bull, providencie sua castração. Traz inúmeras vantagens para a saúde dela e reduz enormemente o risco de doenças graves no futuro.
Dra. Viviane Dubal – CRMV/RS 8844
Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e proprietária da Clinica Veterinária Saúde Animal em Porto Alegre. Contato: vivianesd@bol.com.br
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