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El Bullí


Descobri o blog num momento muito triste e devo dizer que ler as outras histórias de amor com buldogs como a minha me fizeram um imenso bem.

E é por essa razão que resolvi escrever a minha e enviar para vocês.

Em outubro de 2003 eu fui até o canil para buscar o El Bullí , o meu babybull que veio para a minha casa com apenas 45 dias. Menos de um ano depois o meu marido decidiu voltar para a França. Fiquei desesperada quando me vi diante da montanha de exigências burocráticas et sanitárias da Comunidade Europeia para permitir a entrada de um animal proveniente du “Tiers Monde” (em 2003/2004) o Ministério da Agricultura da França ainda se referia assim ao Brasil.

Além do implante do microchip era necessário uma sorologia para a vacina de raiva que demorava 3 meses para ficar pronta !!!

Enfim , deu tudo certo … Viajei em setembro de 2004 deixando o Bullí com o criador que se encarregou de fazer o embarque dele para mim logo que os papéis estivessem prontos.

Et assim foi , ele chegou em terras europeias em plena forma e ficamos por lá durante 7 anos onde ele aproveitou toda a mordomia que os cães podem usufruir na Europa, brincou muito na neve , se aventurou no mar Mediterrâneo e dava longas caminhadas . Uma das estações preferidas dele era o outono , adorava se jogar naquelas montanhas de folhas caídas das árvores.

Nunca precisei deixa-lo para viajar pois todos os hotéis aceitavam a presença de animais. Eu só não o trazia comigo nas minhas férias ao Rio pois seria complicado leva-lo de volta e eu tinha muito medo.

De qualquer forma o meu marido sempre ficava por lá com ele !!!

No final de 2011 voltamos para o Brasil e ele se adaptou bem , estava sempre feliz ; era um bulldog muito alegre et ativo !!!

Em 2012 ele começou a mancar e depois de vários exames e radiografias tivemos o diagnóstico de “jogador de futebol” : rompimento do ligamento dos DOIS joelhos !!! Ele foi operado , resistiu bravamente à anestesia , colocou um sistema de “cage” nos joelhos que lhe permitiu voltar a andar.

Só depois da cirurgia é que começaram os problemas de pele e outras questões de saúde que foram tratadas e o Bullí seguia firme no seu caminho de grande companheiro.

No domingo , 08/12 ele começou a mancar da pata dianteira direita , quase não conseguia andar. Na segunda pela manhã a veterinária esteve aqui , constatou que estava muito inchado ; medicou com Tramal et Novalgina (a mesma medicação do pós-operatório) e marquei uma consulta com o vet. ortopedista que o havia operado apenas para a sexta seguinte pois ele estava muito ocupado.

Na terça a veterinária voltou aqui em casa para vê-lo , ele comeu bem , tomou o anti-inflamatório Carproflan e estávamos bem otimistas de que tudo seria resolvido.

Na noite de 10 para 11 ele começou a uivar como se estivesse tendo um pesadelo , como ele dormia no meu quarto me levantei para vê-lo … Achei que era dor (embora o maior sintoma de dor que ele manifestasse era ficar muito ofegante) , olhei para o relógio , eram 06:00 hs. e eu só poderia medicá-lo por volta das 07:30 hs.

Esperei sentada no chão ao lado da cama dele com a sua cabeça apoiada na minha perna ; no horário previsto eu dei o Tramal , notei que a língua dele estava um pouco estranha ao receber o medicamento mas não dei grande importância ao fato.

Pouco depois ele se acalmou , eu voltei a dormir pois estava muito cansada !!!

Quando acordei (por volta das 09:00) notei que a caminha dele estava molhada , fui puxar o lençolzinho et vi que ele não se mexia mais !!!

Novamente a veterinária veio correndo mas só confirmou o que eu já havia percebido , El Bullí estava morto !!! Decidi não fazer necropsia , apenas providenciei para que ele fosse cremado e hoje só tenho comigo uma caixinha com as cinzas daquele que foi o meu maior companheiro durante 10 anos.

Pedi mil explicações para a veterinária , para o criador , a resposta unânime é sempre : ele já era um bulldog idoso e provavelmente teve um acidente vascular pois sabíamos que o coração ainda estava forte. Ele fazia exames periódicos et não era um bulldog obeso ou cardiopata.

Já tem 11 dias que ele morreu e eu não consigo uma forma de alívio ou conforto !!! Tenho pensado em ter outro bulldog mas ainda não tenho coragem … Sei que um cachorro NUNCA substitui aquele que perdemos mas não quero que todo o amor que senti pelo Bullí se transforme numa sensação mórbida.

Eu queria falar com alguém que também tem bulldog , ouvir a opinião de vocês ; enfim algum conforto ou explicação … Vi que o blog tem uma veterinária consultora. Ela poderia me dizer alguma coisa ???

bien cordialement

De Bellissen-Benac  Thaïs

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