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Bulldog Brasuca vence nos EUA




O BullBlog conversa novamente com o criador carioca Carlos Albuquerque, afinal um cão de sua criação, chamado Javary The Thing, de três anos de idade, acaba de conquistar uma importante vitória nos EUA.

Carlos, conte pra gente qual resultado foi este?

O “Jake” (Javary The Thing) venceu a Classe Adulto Aberta Macho, simplesmente na mais importante exposição dos EUA – a Nacional do Bulldog Club Of America – que este ano foi realizada em Kansas City, entre os dias 23 e 28 de novembro. Na minha opinião, a Nacional Americana é sem sombra de dúvidas o maior evento da Raça no mundo. São cerca de 500 Bulldogs em pista, todos os anos, e por isso não há evento que se compare em números e em qualidade dos cães.

Posso afirmar que este resultado é de longe, o mais importante, conquistado por um Bulldog brasileiro até hoje.

Qual o significado para a criação da Raça no Brasil?

Ainda estamos comemorando este resultado, pois é um feito histórico não só pro Canil Javary, mas pra toda a comunidade “Bulldogueira” do Brasil. O Jake bateu 30 cães “top quality” numa das mais difíceis classes, pois não há limite de idade. Havia Bulldogs sensacionais e pra nossa alegria a juíza especialista Sra. Nancy Harrison, escolheu o Jake como o grande vencedor. Ele realmente estava lindo e mereceu.

Até o ano passado, ainda era um sonho o Brasil participar da Nacional Americana e, em tão pouco tempo, a cinofilia brasileira já consegue uma vitória dessas, acho que isso premia o trabalho dos criadores brasileiros como um todo, e comprova que podem sim nascer no Brasil, cães de primeira linha.

Como foi até  hoje a participação brasileira na Nacional dos EUA?

Até hoje muito pequena em números mas com resultados positivos, apenas um cão em 2008 e agora outro em 2009, ambos Javary. No ano passado, na Nacional na Filadélfia, o estreante brasileiro foi o Javary Wave e, depois de brilhar nas pistas daqui, foi o primeiro cão que levamos e ele foi muito bem. “Wave” foi segundo na sua Classe (9 a 12 meses) no Sweepstakes. Na classe do Wave havia 15 cães. Ou seja, ele não foi só passear e teve um resultado muito bom para uma estréia brasileira, em meio a tantos bulldogs excepcionais.

E, agora, em 2009, o Jake se tornou o segundo bulldog do Brasil nesta grande “aventura” americana. Mas na realidade apesar de brincarmos dizendo que foi uma aventura, nada foi por acaso ou sem planejamento. O Jake já estava nos EUA desde agosto deste ano, se preparando para Nacional e já havia brilhado ao vencer sua Classe inúmeras vezes seguidas, na Califórnia. Só que agora ele simplesmente brilhou entre os melhores dos EUA, México, Canadá, etc., e por isso o gostinho especial.

O Brasil tem recentemente importado muitos cães de qualidade, seja dos EUA ou da Inglaterra, que são as duas mecas da raça. Podemos esperar mais resultados de nossos cães no exterior?

Creio que sim, mas isso ainda vai demorar um pouco. Nós do Canil Javary começamos a importar dos EUA em julho de 2004, coincidentemente o primeiro foi o pai do Jake: DK´s Mini Cooper. Então este já é um trabalho (com linhas de sangue importadas) que já tem cinco anos. E desde 2007, estamos fazendo o “caminho de volta”, que é exportar cães para os EUA. Para quem está importando agora, o processo ainda vai passar pela reprodução destes exemplares, e na realidade é aí que começa o grande desafio, pois primeiro é preciso que o cão importado seja, de fato, bom e segundo (e bem mais difícil), que este cão, além de bonito seja um excelente reprodutor. Daí sim, o criador brasileiro terá cães em condições de fazer o “caminho de volta”.

A vitória do Jake é  muito importante para motivar a todos criadores brasileiros e podemos considerá-la um marco, pois foi uma vitória emblemática, entre os melhores do mundo, mas não pode iludir a nós buldogueiros brasileiros, ao acharmos que qualquer cão nacional pode vencer lá fora. A imagem do Brasil sai fortalecida desta Nacional Americana e temos que mantê-la assim. Mas pra vencer nos EUA, na maior exposição de todas, tem que ser um bulldog diferenciado. Caso não seja é melhor nem ir.

Carlos, você gostaria de falar mais do Jake?

O Jake é um bulldog fantástico: possui uma cabeça linda e um corpo poderoso, além de um temperamento incrível. Ele está no seu auge, agora aos 3 anos, e por isso decidimos junto com seus proprietários (Bruno, Marcel e Ann), mandá-lo para os EUA. Como todo bulldog, é claro, demora um tempo para o cão estar totalmente formado. E este era o momento do Jake.

Eu brincava, antes, dizendo que o maior elogio que podíamos fazer ao Jake, era dizer que ele parecia ser um bulldog “importado”. O que de fato parecia. Mas agora já vimos que ele é mais que isso, pois ganhou dos “gringos”…(risos)

Mas falando sério, este resultado coroa um bulldog que merecia isso. Considero ele um dos melhores filhos já produzidos pelo Cooper. Não é à toa que o Cooper virou o “patriarca” do Canil Javary, sendo o principal pilar de nosso plantel.

Quero parabenizar os proprietários do Jake: os amigos Bruno Freitas (Hummer Bulldogs), Marcel Daignault (DK Bulldogs) e Ann Bingaman. Obrigado também a minha mulher, Cris e aos amigos, Henrique Schmitz (Brasil), Leonardo Gil (Brasil), Jesse Miller (EUA) e aos handlers Tony Noronha (Brasil) e Jay Serion (EUA). Todos importantes nesta trajetória vitoriosa do Jake.

Para finalizar, o que vem mais por aí para o Jake?

Ele segue morando nos EUA e mês que vem estará novamente nos representando na famosa Copa Eukanuba, em Long Beach, na Califórnia. Será o primeiro bulldog do nosso País nesta competição, que é uma espécie de Mundial realizada anualmente nos EUA. Para nós, é mais uma conquista do Canil Javary e tentaremos novamente representar bem o Brasil. Este ano será uma celebração aos 125 anos do AKC (American Kennel Clube).

Também vejo um futuro muito bom pro Jake como reprodutor, lembrando que há sêmen dele congelado no Brasil. Quem tiver interesse, basta escrever para o Bruno: bruno@hummerbulldogs.com.br

Para concluir, como acompanho sempre o BullBlog e vejo frases interessantes sobre nossa paixão que é o Bulldog, gostaria de citar uma frase que eu gosto muito e que se encaixa bem nesta vitória do Jake. A frase é do poeta e cineasta francês, Jean Cocteau: “Não sabendo que era impossível, foi lá e fez”.

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