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Úlcera Gástrica

A úlcera gástrica é uma lesão que se inicia na camada mucosa do estômago e se estende até as camadas mais profundas. Podemos ter como causa a administração de medicações, presença de tumores e a síndrome de Zollinger-Ellison.

Nos cães, a causa mais comum de ulceração gástrica é a utilização de medicações como diclofenaco (Cataflan®), Ibuprofeno (Advil®), aspirina, fenilbutazona, entre outros. Verificamos a administração caseira dessas medicações, sem o conhecimento do veterinário. Tais medicações evitam a produção de uma substância chamada prostaglandina. A prostaglandina é responsável por um efeito protetor na mucosa estomacal, já que estimula a produção do muco do estômago. As úlceras estomacais geradas por medicamentos ocorrem rapidamente, em questão de horas após a administração o animal já pode ter a perfuração estomacal e grande risco de óbito. Muitas vezes os pacientes apresentam vômitos, com aparência de ‘borra de café’ ou com presença de sangue vivo, podem também apresentar diarréia com ou sem sangue.


As neoplasias estomacais mais comuns são os linfomas e os adenocarcinomas.. Podem causar perfuração estomacal por serem bastante invasivas ao tecido. Os sintomas observados são vômitos persistentes (possibilidade de presença de raias de sangue), inapetência, emagrecimento, anemia, entre outros.

A síndrome de Zollinger-Ellison consiste na presença de um tumor no pâncreas chamado gastrinoma. Este estimula a produção do hormônio estomacal chamado gastrina, que promove o aumento do suco gástrico. Assim o estômago fica muito mais exposto à ação ácida e apresenta maior risco de erosão e ulceração. Sinais clínicos verificados são vômitos, dor abdominal, emagrecimento, entre outros.

A mucosa estomacal tem grande capacidade de se recuperar de lesões menores, em cerca de 24-48 horas a mucosa pode cicatrizar. Mas dependendo da extensão e profundidade da lesão pode levar mais tempo. Se a causa da agressão não tenha sido removida, a mucosa não consegue iniciar seu período de recuperação e corre o risco de romper.

Durante o diagnóstico, o veterinário fará o exame clinico completo do paciente e se necessário solicitará exames complementares. Como por exemplo: exames de sangue, endoscopia gástrica, ecografia, exame de urina. O tratamento será realizado de acordo com o quadro do animal e em casos mais graves poderá ter a necessidade de correção cirúrgica. Muitas vezes não ocorreu a perfuração gástrica ainda, mas sim uma erosão do local, assim é possível o tratamento clínico em vez do cirúrgico.


Dra. Viviane Dubal – CRMV/RS 8844

Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e proprietária da Clinica Veterinária Saúde Animal em Porto Alegre.

Contato: vivianesd@bol.com.br

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